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quinta-feira - 28 março 2024 - 22:25

China quer estatizar dona do 99 Taxi

De acordo com a proposta preliminar, o Shouqi Group – parte do influente Beijing Tourism Group – e outras empresas com sede na capital chinesa comprariam uma participação na Didi, disseram as pessoas, que falaram sob anonimato.

Entre as opções avaliadas, o consórcio assumiria a chamada “golden share” com poder de veto e um assento no conselho, acrescentaram.

Não está claro o tamanho da participação que a cidade teria na Didi e se a proposta será aprovada por autoridades do governo.

A Didi é atualmente controlada pela equipe de gestão do cofundador Cheng Wei e pela presidente Jean Liu, que recebeu poder de voto agregado de 58% após a oferta pública inicial da empresa nos Estados Unidos. SoftBank Group e Uber Technologies são os maiores acionistas minoritários da Didi.

Representantes da Didi não responderam a um pedido por escrito para comentários. A assessoria de imprensa do comitê municipal do partido em Pequim não respondeu a um pedido de comentário por fax, enquanto repetidas ligações para um número fornecido pela equipe do Shouqi Group não foram atendidas. O Beijing Tourism Group não respondeu a um pedido de comentário enviado por fax.

Governos locais tradicionalmente têm grande influência na reestruturação de empresas em seu território, e a solução idealizada se encaixa nas prioridades do presidente chinês Xi Jinping de redistribuir riqueza e limitar a influência do setor de Internet.

A proposta da cidade poderia envolver a compra de uma fatia considerável na Didi ou uma participação nominal acompanhada por uma golden share e um assento no conselho, disseram as pessoas.

No caso da fatia nominal, seria semelhante a um investimento anterior feito pelo governo na unidade chinesa da ByteDance, que deu à entidade estatal direitos de veto sobre decisões importantes.

A Didi – que já foi elogiada por derrotar a Uber na China – agora se tornou um caso de teste na campanha do governo chinês para limitar o poder dos titãs da Internet.

O governo de Xi, ansioso por promover sua visão de compartilhar riqueza ou “prosperidade comum”, tem como alvo um setor de Internet que acumulou patrimônio operando às margens da lei, criou um número sem precedentes de bilionários e enriqueceu investidores chineses e estrangeiros no processo.

O polêmico IPO da Didi em 30 de junho foi o gatilho para um novo ataque aos gigantes da Internet que, além de visar a concorrência desleal no comércio online, passou a incluir educação online privada e redes sociais, eliminando mais de US$ 1 trilhão em valor de mercado das ações chinesas.

Essa campanha está no 11º mês, um período turbulento que leva investidores a refletirem sobre as ramificações de longo prazo da repressão de empresas como Ant Group e Alibaba, de Jack Ma, e a gigante da entrega de comida Meituan.

A Didi até hoje depende de um grande número de carros e motoristas sem licença técnica para operar cerca de 25 milhões viagens diárias.

Na quinta-feira, o Ministério de Transportes assustou investidores ao alertar que a Didi e rivais devem apresentar planos para corrigir tais violações até dezembro, na mais recente advertência para gigantes da economia compartilhada.

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