Escritório contratado pela Petrobras por causa da Lava Jato é pivô do Pandora Papers

Baker McKenzie é citado como um dos pilares do mercado de offshore, atuando junto a milionários e grandes corporações

Contratado pela Petrobras para fazer o “compliance” da empresa após a devassa desencadeada pela Lava Jato, o escritório de advocacia Baker McKenzie, dos EUA, é o pivô das denúncias do escândalo Pandora Papers, revelado pelo International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ).

Segundo reportagem do Jornal GGN, de Luis Nassif, o escritório Baker McKenzie foi contratado em 2014 para trabalhar em conjunto com o escritório brasileiro Trench, Rossi e Watanabe Advogados para apurar as acusações feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa na Lava-Jato e o impacto sobre os negócios da estatal.

O escritório tem mais de 4,7 mil advogados em 46 países e acumula uma receita global de mais de US$ 3 bilhões.

A Pandora Papers, no entanto, revelou ramificações da empresa com lobistas, outros escritórios de advocacia e outras corporações, como Eletrobras, JBS e Embraer dentro da chamada ‘indústria do compliance’ – uma espécie de consultoria para estabelecer regras de conduta de empresas para mostar transparência em processos e ganhar nota em avaliações do mercado financeiro.

Segundo o GGN, entre os clientes do escritório está Thais Neves Birmann, ex-esposa de Daniel Birmann, ex-financista, banqueiro e acionista da Forjas Taurus, uma das maiores empresas de munição da América Latina.

A Baker McKenzie também esteve relacionada com o bilionário chinês Stanley Ho, que ficou conhecido como o rei do jogo na Ásia – a quarta esposa de Ho, Angela Leong (que também é diretora do negócio de cassinos do magnata) registrou 71 empresas nas Ilhas Virgens Britânicas. Na Rússia, o escritório esteve relacionado com a estatal de armas Rostec, responsável por fabricar quase tudo que os militares russos usam.

Leia a reportagem completa no GGN

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