Não foi a China: Coronavírus pode ter sido criado pelos EUA, dizem renomados cientistas

Sob olhar de Jeffrey Sachs e Neil L. Harrison, pesquisa afasta ideia de conspiração, enquanto Washington busca abafar investigações

Uma hipótese incômoda voltou a se insinuar, nas últimas semanas, nos meios científicos mundiais – em especial os da infectologia e biologia molecular. O coronavírus, que em pouco mais de dois anos e meio matou 6,3 milhões de pessoas, devastou as antigas formas de socialização e provocou ondas de crise econômica cuja expansão não terminou, seria uma criação humana.

Ele não teria se espalhando a partir de “salto entre espécies” – dos morcegos para o homo sapiens. Resultaria de um desenvolvimento em laboratório. E seriam os Estados Unidos – não a China, ao contrário do que se afirmou com insistência, no início da pandemia – o poder empenhado em ocultar os rastros desta criação.

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Para que a teoria não pareça conspiratória vale apresentar, de partida, seus dois formuladores principais. O mais destacado é Jeffrey Sachs. Economista liberal, ele ganhou notoriedade no final dos anos 1990, quando assessorou a transição da Rússia e da Polônia, até então regidas pelo planejamento estatal, para as lógicas de mercado. Assim como outros teóricos empenhados em tarefas semelhantes, Sachs reviu parcialmente suas posições, nos anos seguintes.

Engajou-se então na assessoria direta a projetos como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e na denúncia da pobreza extrema, em especial na África. Seu prestígio acadêmico (dirige o Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Colúmbia) levou-o a presidir a comissão para a covid 19 da revista de divulgação científica Lancet. Fundada há 199 anos, e com edições semanais, Lancet é uma das publicações mais respeitadas em seu gênero, no Ocidente. Ao formular as hipóteses sobre o surgimento da covid, Sachs tem trabalhado em conjunto com Neil L. Harrison, professor de Farmacologia Molecular também na Universidade de Columbia.

Em 19 de maio último, Sachs e Harrison publicaram em conjunto, na revista científica norte-americana PNAS [Proceedings of National Academy of Sciences, algo como “Iniciativas da Academia Nacional de Ciências”] um artigo teórico em que pedem, pela primeira vez, a abertura de um inquérito independente sobre as origens do vírus denominado Sars-CoV-2, causador da covid-19 e popularmente conhecido como o “novo coronavírus”.

Os dois autores sugerem, no texto, que: a) Desde que a pandemia eclodiu, suas origens têm sido objeto de especulação intensa; b) Após uma série de controvérsias, acabou predominando a hipótese de uma eclosão “natural” do vírus; c) No entanto, a chamada “comunidade de informações” dos EUA trabalha também com outra teoria – a da criação em laboratório; d) Estas considerações têm sido ocultadas do público. Dada a importância crucial do tema, e o risco de que novos incidentes do mesmo tipo se repitam, é necessário romper tal sigilo.

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