Doria chama Bolsonaro de imbecil: “ele deseja ser ditador do Brasil”

Apesar de dizer que se sentiu enganado, Doria diz que mesmo hoje não votaria em Fernando Haddad (PT), que disputou o segundo turno contra Bolsonaro em 2018. "Teria anulado o voto"

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou hoje o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “imbecil”. Para Doria, o presidente tem “vocação extrema para o autoritarismo”.

“Seu maior desejo é ser ditador do Brasil”, disse o governador sobre Bolsonaro em entrevista aos jornalistas Reinaldo Azevedo e Leandro Demori na sala “Ziriguidum de Demori e Reinaldo” no aplicativo Clubhouse. Doria ainda chamou o presidente de “burro”, “incapaz” e “doente mental”, principalmente em função da condução federal do combate à pandemia de covid-19. Doria e Bolsonaro são ferrenhos adversários políticos, com a rivalidade acirrada desde o início da crise sanitária.

Ainda sobre Bolsonaro, o governador paulista disse que ele enganou o Brasil e que não o apoiaria nem votaria novamente nele, como fez em 2018. Nas últimas eleições, o mandatário estadual chegou a usar o slogan “Bolsodoria” em sua campanha.

João Doria justificou seu apoio a Bolsonaro dizendo que nomes como o do ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o do ministro da Economia, Paulo Guedes, davam respaldo ao governo.

Apesar de dizer que se sentiu enganado, Doria diz que mesmo hoje não votaria em Fernando Haddad (PT), que disputou o segundo turno contra Bolsonaro em 2018. “Teria anulado o voto”.

No mesmo sentido, o tucano afirmou que não considera votar em Lula em 2022. “Eu não justifico um erro com outro erro”, disse. “Vou lutar para que tenhamos um projeto de centro e possa dialogar com a esquerda e à direita. Votarei pela honestidade e pela decência. Vamos nos reunir em torno de um projeto para libertar o Brasil e ter um caminho sem extremos”.

Entre os nomes de centro que ele considera viáveis, Doria citou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o apresentador Luciano Huck, o ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. A este último ele teceu diversos elogios e disse que Moro teve “um papel importante no Brasil”.

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