Eduardo Bolsonaro tenta salvar Ernesto Araújo, o pior diplomata do mundo, que destruiu a imagem do Brasil

O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, vive seu ocaso como integrante do governo de Jair Bolsonaro. Considerado o pior chanceler do mundo pela revista Jacobin, Araújo foi amplamente repudiado por senadores nesta quinta-feira (25), durante audiência pública para explicar as posições diplomáticas do Brasil no combate à pandemia.

O Planalto já emitiu sinais de que abandonou à própria sorte o chanceler negacionista e bolsonarista radical depois do fiasco no Senado. O único apoio que Araújo recebeu foi do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), que chancela a política beligerante do Brasil com a China, principal parceiro comercial do Brasil e fornecedor de insumos para a produção de vacinas.

Pelo Twitter, Eduardo Bolsonaro, que foi acusado de participar de reunião em Washington para tratar da invasão do Capitólio por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, disse em tom de elogio que Ernesto Araújo vem mudando a política internacional brasileira. “Em 2 anos, fomos de anão diplomático financiador de ditaduras para grande parceiro de importantes países”, escreveu Eduardo Bolsonaro”, afirmou.

Na quarta-feira (24), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também criticou a política externa brasileira, sem citar o nome de Ernesto Araújo. Segundo a imprensa, os alertas do Congresso fizeram com que o Planalto iniciasse busca de um nome para substituir o atual chanceler.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, está pressionado no cargo e pode ser demitido nos próximos dias. Extremista e negacionista, o chanceler rompeu elos internacionais, o que isolou o país e inviabilizou a compra de vacinas contra covid-19. O diplomata Celso Amorim, ex-ministro de Relações Exteriores e da Defesa, afirma que Ernesto Araújo se tornou uma “unanimidade negativa” no Brasil e no mundo. “É o mínimo de dignidade ele sair. O chanceler está sendo criticado por todos, ele é uma unanimidade negativa. Todos desconfiam dele, sejam pela ideologia ou por sua incompetência intelectual”, afirmou em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

Desde a entrevista coletiva concedida no último dia 10 de março, Lula voltou ao centro do cenário nacional, após recuperar seus direitos políticos. No dia 17 deste mês, o ex-presidente concedeu uma entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN norte-americana. Celson Amorim afirma que a volta de Lula muda toda a política interna e externa. Ele acrescenta que conversar com Christiane Amanpour tem uma grande importância, pois, segundo ela, a jornalista é a âncora “mais respeitada pela CNN internacional, canal com maior penetração no mundo”.

O chanceler também citou o fato de Lula sugerir ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a convocação de uma reunião de emergência do G20, para formular um plano conjunto de ações contra a pandemia do novo coronavírus e de aceleração do processo de vacinação em massa. “Ela deu um palco enorme ao Lula e repercutiu a conclamação de Lula ao Biden para distribuir as vacinas para quem precisa. O Lula, na casa dele em São Bernardo do Campo, tem muito mais repercussão mundial do que qualquer outro político. O Lula representa o Brasil que o exterior sempre viu: nada extremista, cheio de diálogo”, celebra.

Fonte: Brasil 247

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