Empresa da China desenvolve painel de LED que usa luz para criar hologramas 3D

A imagem tridimensional de Jor-El na fortaleza da solidão revelando os mistérios de Krypton ao filho Kal-El no filme Superman, de 1978, até hoje mexe com a nossa imaginação. Ainda não temos a tecnologia para fazer hologramas tão realistas, mas uma empresa chinesa descobriu um novo jeito de criar imagens 3D usando LEDs.

A LED Pulse utiliza milhares de fios de LED para dar volume aos objetos e cada ponto iluminado completa uma cadeia que dá origem a uma forma diferente. O Dragon O, como é chamado pela empresa, possui painéis imensos e pode exibir todo tipo de conteúdo, móvel ou estático, de acordo com a criatividade de quem opera a máquina.

Tecnicamente as imagens geradas pelo Dragon O não são hologramas, já que holograma é uma imagem tridimensional obtida a partir da projeção da luz sobre figuras bidimensionais. A LED Pulse classifica a nova técnica como “neurônios de LED”, que utilizam luzes individuais para receber e reagir a impulsos elétricos como acontece no cérebro humano.

“Nosso cérebro é uma máquina que constrói a realidade, seleciona e filtra as informações necessárias. Da mesma forma, os visores de luz podem ser configurados para produzir qualquer tipo de visual, incluindo imagens em movimento”, diz o site da empresa.

O pixel é a menor unidade que compõe uma imagem, por isso, quando se tratam de imagens tridimensionais, o termo usado é o “voxel” (mistura de pixel e volume). Se um pixel é um quadrado em uma imagem plana, o voxel é um cubo dentro de um espaço 3D.

Quando se tem várias camadas de voxels configuradas para formar uma imagem, cada ângulo se torna diferente, dependendo do ponto de vista do observador. É como acontece com tudo o que enxergamos no nosso dia a dia. “Se você tiver um ser humano 3D feito de luz e andar pelos fundos, verá as costas dele. Se você for para a esquerda, verá o braço esquerdo. É tudo exatamente como seria no mundo real ”, disse o fundador da LED Pulse, Danilo Grande.

A luz exibida pelo Dragon O é medida em cuboides e cada cuboide tem três metros cúbicos com 24 mil voxels. Ao serem combinados os cuboides de LED podem gerar imagens maiores, com uma grande variação de cores e movimentos.

Com o uso de algoritmos, a matriz convencional redistribui os voxels para preencher os espaços vazios. O resultado é uma resolução muito maior usando o mesmo número de LEDs, o que torna a imagem nítida e os movimentos mais fluidos.

O Dragon O ainda é apenas uma ferramenta de propósitos artísticos com recursos visuais interessantes, mas a LED Pulse pretende encontrar uma aplicação prática para ele. Empresas como a PORTL e a Microsoft estão trabalhando no desenvolvimento de hologramas tradicionais, capazes de “teletransportar” imagens 3D de pessoas para qualquer lugar em tempo real.

Já a tecnologia da empresa chinesa requer uma estrutura prévia, com fios e LEDs por onde a luz possa navegar, mas que por outro lado já está em uma fase muito mais avançada de desenvolvimento.

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