Ministério da Saúde cometeu ‘erro gravíssimo’ ao confiscar insumos para kit intubação, diz Doria

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), classificou como um "erro gravíssimo" a decisão do Ministério da Saúde de centralizar a compra e a distribuição dos medicamentos para o kit intubação de pacientes com covid-19 .

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Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (14/04), Doria reforçou e ampliou um protesto feito horas antes pelo secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, que revelou ter enviado nove ofícios ao Governo Federal pedindo auxílio na compra de remédios como anestésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares.

Esses fármacos são essenciais para os casos graves de covid-19, em que o paciente precisa ser intubado.

Sem eles, não é possível realizar de forma satisfatória o procedimento que garante a chegada de oxigênio aos pulmões nos quadros mais críticos da doença.

“O Ministério da Saúde cometeu um erro gravíssimo ao confiscar os insumos que as empresas produzem. Isso foi realizado na gestão do ministro anterior, Eduardo Pazuello, mas ainda não foi suspenso”, disse Doria.

“Nenhum governo estadual, municipal ou instituições privadas pode adquirir esses insumos porque as empresas receberam um confisco, um sequestro do Governo Federal. Gostaríamos de saber por que o Ministério da Saúde não faz a distribuição desse material aos Estados, que podem levar até a ponta, nos hospitais”, completou.

De acordo com os cálculos de Gorinchteyn, o Estado paulista precisa receber essas medicações em até 24 horas para conseguir abastecer 643 hospitais pelos próximos dez dias.

Nas palavras do secretário, a situação é “gravíssima” e o sistema de saúde está na “iminência do colapso” por causa da escassez desses medicamentos.