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sexta-feira - 29 março 2024 - 10:00

Os cães-robôs, o último grito tecnológico na China

Rápido e obediente, não late nem morde e, em particular, nunca deixa surpresas desagradáveis pelo chão. O cão-robô AlphaDog é a resposta a duas das grandes paixões dos chineses: animais de estimação e tecnologia.

Embora não tenha cabeça nem cauda, “é como um cachorro de verdade”, resume Ma Jie, diretora de tecnologia da empresa Weilan, com sede em Nanking, capital da província de Jiangsu, leste da China, que idealizou o protótipo.

Ma Jie estudou na Universidade de Oxford a aprendizagem reforçada, uma técnica derivada da psicologia comportamental e que permite “treinar” a inteligência artificial que controla um robô por meio de recompensas ou punições, como no treinamento de cães.

AlphaDog reconcilia dois centros de interesse muito difundidos na China hoje: tecnologia e animais domésticos.

Este último havia desaparecido de circulação nas primeiras décadas do regime comunista, mas teve um retorno forte nos últimos 20 anos.

Como resultado, mais de 1.800 AlphaDogs foram vendidos em seu primeiro mês de comercialização, pela quantia de 16.000 yuans (cerca de US$ 2.400).

Enquanto Pequim investe de maneira intensa em novas tecnologias, principalmente em inteligência artificial, os robôs já estão presentes no dia a dia dos chineses como entregadores de pacotes, garçons em restaurantes ou mesmo responsáveis por testes de detecção da covid-19.

Com o tempo, os criadores do cão-robô se propõem a colocá-lo a serviço dos deficientes visuais.

“Com a função de diálogo, poderá se comunicar com os deficientes e levá-los ao supermercado ou ao ponto de ônibus”, acrescenta Ma Jie.

Na versão “empresa”, um AlphaDog maior pode ser usado para inspecionar máquinas ou tubos industriais.

A próxima geração também pode ver o robô dotado de uma “personalidade” à escolha do cliente, seja ele manso e companheiro como um poodle ou bastante agressivo como o pit bull.

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