Apesar de ainda não existir uma data oficial prevista para o lançamento, a expectativa é que as transferências P2P cheguem ao mercado antes da solução de pagamentos para empresas -nesse caso, a previsão é que o serviço entre em operação entre o final do primeiro semestre e o começo do segundo.
Ainda de acordo com o WhatsApp, parte da razão das transferências ainda não estarem disponíveis é que além dos ajustes dos produtos a serem oferecidos pela plataforma, o aplicativo também pretende incluir novos parceiros na modalidade.
O WhatsApp anunciou a função de transferência e pagamentos via aplicativo em junho de 2020, com um sistema desenvolvido inicialmente com as bandeiras Visa e Mastercard, a Cielo como operadora e o Banco do Brasil, o Nubank e o Sicredi como parceiros iniciais.
Dias depois, a Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e o Banco Central suspenderam o acordo entre o WhatsApp e as instituições financeiras, afirmando que haveria dúvidas sobre a natureza do serviço e solicitando esclarecimentos sobre o modelo de negócios.
À época, houve especulação no mercado de que o BC teria acatado uma reclamação dos grandes bancos privados sobre a solução e, ainda, barrado o serviço para proteger o Pix, sistema de pagamentos instantâneos da autoridade monetária que seria lançado em novembro. O BC negou.
O debate entre BC, WhatsApp e as instituições envolvidas durou até 30 de março deste ano, quando a autarquia autorizou o serviço.
As transferências entre pessoas serão gratuitas para os consumidores.
Já sobre o pagamento para empresas, apesar de o WhatsApp já ter a aprovação do Banco Central para operar como iniciador de pagamentos, o aplicativo ainda trabalha junto à autoridade monetária para definir o formato do serviço. A previsão é que uma taxa possa ser cobrada dos estabelecimentos.
Em nota, o WhatsApp afirmou que segue empenhado nos preparativos finais para disponibilizar a funcionalidade de pagamentos no aplicativo no Brasil assim que possível.